Leveza é quando as palavras são silêncio. É parecida com liberdade, que a gente não explica, mas sente. Tantas vezes, sente falta. É que o que define esse pulsar de agora é a mais pura intensidade. É o querer beber tudo num gole só. É uma sede do caralho de viver, expressar e ser quem se é, desejando, paradoxal e urgentemente, a leveza. E por tamanha vontade ela escapa, bem de leve.
Algum dia havemos de esbarrar com ela por aí. Provavelmente estará calor, com sol a pino em céu de olhar pra cima. Ela virá sem avisar, invadirá casa, quarto, coisas, alma, desvãos, como só Chico sabe explicar. Sem se afobar. Possuindo e revelando onde se faz leveza inteira: no sorriso.
E se o teu sorriso na infância fosse um farol a te iluminar por dentro?