Uma mensagem aqui, agora. Talvez ninguém leia. Outras dez, todo dia. Talvez alguém leia, mas nunca responda.
Lives e stories e silhuetas virtuais. Hilária, ingênua e contemporânea ilusão de pertencer. Íntimos e mais desconhecidos que o mar. Na tela, no bar, no palco, na plateia, no app. Nas vitrines te vendo passar?
Um punhado de vezes ao vivo. Sentir o peito abrir, o ar entrar, sair. Um cheiro, um pulsar. Carne e osso — feito gente. Analógico.
Um gesto simpático, um aceno. Sorrir, inclinar a cabeça pro lado. Sorrir de novo. Sempre sorris de volta?
Não fazes ideia de quem és. Ninguém e alguém também não. Enfim, uma afinidade real.
24 de junho de 2018
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