Toda arte é um pouco egoísta. Serve, antes de tudo, para salvar o próprio artista. Salvá-lo de si, da sua loucura ou de qualquer sanidade torturante – a pior das dores. Maldita lucidez que nos faz atores do real. Nada mais brutal ao criador do que a vida prática, o cotidiano, os boletos e suas datas de vencimento. Invento um mundo sem datas de vencimento, sem limites, sem juros de cartão, sem cheque especial. Um mundo mais gato, onde ser lânguido é belo, natural. Onde se cai sempre de pé. E onde a possibilidade das setes vidas tira a urgência do agora e dá à língua o tempo da lambida. ** desenho a quatro mãos – Daniele Moraes e Marco Brito** #aartesalva #cronicadodia #palavras
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